Quero deixar um vídeo do meu canal Meu Livro Favorito com uma indicação de um livro incrivel. Realmente foi maravilhosa a leitura, e creio que será benção para você também! Assista!
quarta-feira, 19 de julho de 2023
Eu li o livro O Jejum de Jesus de Lou Engle!
terça-feira, 18 de julho de 2023
Chuva abundante, de Kris Vallotton
“Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito
sobre todos os povos” (Atos 2:17). É com esse versículo que Kris Vallotton, um
dos fundadores da Bethel School of Supernatural Ministry em Redding,
Califórnia, inicia seu livro. Kris é líder associado sênior da Bethel Church e
tem participado da equipe apostólica de Bill Johnson por mais de trinta anos.
Sua paixão é por ver a vida das pessoas sendo transformada, que
consequentemente irá transformar o mundo todo. Ao escrever Chuva Abundante, o
autor se propõe a responder perguntas urgentes da relação igreja-sociedade e a
prepara para uma revolução que visa transformar cada campo da sociedade.
Jesus foi ousado ao nos ensinar a orar a oração do Pai
nosso. Em uma das frases repetimos “Venha o Teu Reino, seja feita a Tua
vontade”. Mas será que realmente sabemos o que estamos orando? Pedimos para que
o Reino se estabeleça hoje na Terra, não em um futuro distante ou apenas na sua
gloriosa volta. Kris abre então os nossos olhos através de um convite para
entrar em uma jornada onde a vontade do Pai seja estabelecida em todos os
montes da sociedade. Seja na política, nos negócios, nas artes ou no
entretenimento a atração do céu na Terra pela oração dos santos tem o
poder de causar uma revolução global.
Não podemos nos preparar psicologicamente para reunir
coragem sobrenatural. É uma ousadia divina que só pode ser transmitida pelo
próprio Senhor. Quando recebemos o dom de coragem, sentimos como se houvesse um
campo de força invisível nos protegendo.
Publicado em português pela editora Vida, Chuva Abundante
tem um nome muito apropriado. Tal como chuva torrencial que cai
em abundância, Kris acredita que quando nos unirmos em oração pela vontade
do Pai sendo feita na Terra o impacto será revolucionador, abrangendo toda a
sociedade. Abordando assuntos polêmicos como a reforma da Igreja, o início da
era apostólica e coragem para evangelizar, Vallotton não apresenta gráficos
sobre os fins dos tempos ou o anticristo. O que seu livro se propõe a fazer é
moldar nossas atitudes, mudar o foco de nossas prioridades e apontar quais são
as nossas responsabilidades.
Os maiores milagres e as mais poderosas expressões do Reino
estão destinados a acontecer nos piores lugares do planeta, não dentro
das paredes de um prédio.
Através de exemplos de sua própria vida e de grandes
personagens bíblicos, Kris Vallotton expõe o glorioso plano de Jesus para
dar novamente esperança ao mundo decaído. Nos confronta com quais são as nossas
responsabilidades para por em prática esse plano e chama a Igreja às suas
raízes sobrenaturais. O autor defende que “sem milagres, o Reino de Deus é
reduzido a palavras, conceitos bíblicos e boas obras”. A alerta é de que
a Igreja é a agência de Deus responsável pela transformação do mundo e
este mundo está clamando, gritando por uma chuva abundante que vá novamente
regar cada terra seca e deserta. Leia o livro Chuva Abundante e assuma passos
práticos para que Deus mande sua chuva para hidratar nossas cidades.
Como seria sua cidade se o Reino de Deus fosse sobreposto a
cada esfera da sociedade? Você consegue imaginar o que aconteceria com os
índices de criminalidade, taxas de divórcio, doenças terminais, depressão,
pobreza, desesperança, assédio sexual, estupro, pornografia, vícios,
desemprego… se você e outros sonhadores começassem a antever o futuro da sua
cidade com Deus e, então, impregnassem a população com essa visão, assim como
Martin Luther King fez nos seus dias?
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Texto de Estevão Reis
sexta-feira, 14 de julho de 2023
Como Encontrar Coragem em O Refúgio Secreto de Corrie Ten Boom
Quando olho para a lombada gasta do livro O Refúgio Secreto na minha prateleira, sempre penso primeiro nas pulgas e no terror que pessoas eram forçados a dormir em leitos de palha, infestados de pulgas em um campo de concentração. E, então, eu me lembro, espantada e com culpabilidade profunda, da oração sussurrada por Betsie ten Boom e recordada pela sua irmã Corrie: “Obrigada, Deus, pelas pulgas”.
A primeira vez que li O Refúgio Secreto, eu tinha uns 20 e poucos anos e, após longos anos de leituras atribuídas, estava redescobrindo a alegria de ler por prazer. Atraída por biografias de cristãos fiéis, eu as devorava rapidamente. Buscava naqueles livros mundos e experiências diferentes dos meus para extrair sabedoria deles. Lí avidamente livros como Peace Child [A criança da Paz], Evidence Not Seen [Evidência Não Vista], A Chance to Die [Uma Chance para Morrer], Shadow of the Almighty [À Sombra do Todo-poderoso], Surpreendido pela Alegria, Living Sacrifice [Sacrifício Vivo] e Mulheres Fiéis e seu Deus Maravilhoso. Mas retornei diversas vezes para a Corrie ten Boom e a cidade de Beje, na Holanda, a sua cela na prisão e o beliche coberto de pulgas que ela dividia com a sua irmã em Ravensbruck, nas profundidades da fria Alemanha Nazista, cheia de ódio.
A Bondade de Deus Diante do Pior da Humanidade
As memórias da Corrie começam de forma bem alegre, recordando seu lar, trabalho e a vida em família na Holanda. Entretanto, uma nuvem paira sobre a narrativa pois, como quem conhece história sabe, a guerra está para chegar. Quando a Alemanha Nazista invadiu e ocupou a Holanda, Corrie começou a perceber pequenas mudanças desnorteantes: transeuntes portando estrelas de Davi, vitrines de lojas de judeus apedrejadas, palavras repugnantes pintadas nas paredes das sinagogas. Eventualmente, Corrie e a sua família percebem que seus vizinhos judeus estavam desaparecendo — não se sabia para onde — então começaram a esconder judeus em sua casa e a trabalhar com uma rede clandestina para ajudá-los a escapar para um lugar seguro.
Corrie, seu pai (Casper) e sua irmã (Betsie) acabaram sendo traídos por outro holandês e foram presos e encarcerados. As duas mulheres foram transferidas eventualmente para Ravensbruck, um campo de concentração alemão. Enquanto estavam no campo, dormindo com as pulgas, Betsie, que tinha a saúde frágil, compartilhou com Corrie uma visão do pós-guerra: ela tinha que contar o que havia visto — não só a brutalidade mas também como o amor e o perdão encontrados em Cristo superam o mal e o ódio do mundo. Betsie implora a Corrie para relatar como Deus estava ali no meio delas durante seu sofrimento mais profundo.
A Betsie não sobreviveu para ver a realidade da sua visão, mas Corrie sobreviveu. Ela foi solta do campo de concentração com base no que, mais tarde descobriu ter sido um erro administrativo. Esse erro administrativo, divinamente planejado, a impulsionou em uma jornada pelo mundo todo para proclamar o que havia visto e vivenciado: uma história da fidelidade de Deus durante um dos maiores sofrimentos que a humanidade poderia inventar.
Fé Honesta Posta em Prática
Sendo uma mulher jovem, recebi a história da Corrie com gratidão. Necessitava de sua honestidade ao tentar conciliar a fé com o sofrimento. Quando Betsie agradece a Deus pelas pulgas, fiquei quase indignada. Fiquei mais do lado da Corrie do que com a Betsie quando a Corrie disse: “Betsie, nem mesmo Deus pode me tornar grata por uma pulga.” Quando Betsie expressava compaixão pelos guardas nazistas, orando sinceramente por almas endurecidas pelo ódio, fiquei do lado da Corrie em oposiçāo, incerta se o perdão poderia mesmo acontecer. Mas, através de algumas circunstâncias que revelaram a bondade de Deus, Deus levou a Corrie a ser grata pelas pulgas. E quando, após a guerra, um ex-guarda do seu dormitório estendeu-lhe a mão pedindo perdão, Corrie decidiu oferecê-lo mesmo sem senti-lo.
À medida que amadureci, retornei a estes exemplos quando enfrentava “pulgas” e situações nas quais eu sabia que obedecer a Deus significava perdoar aqueles que me machucaram, embora em situações muito menos graves do que Corrie e milhões de outros viveram em campos de concentração durante a II Guerra Mundial. Pelo fato de que a fé da Corrie foi acompanhada de obediência, foi como se ela chegasse ao meu lado como parte da “grande nuvem de testemunhas” mencionadas em Hebreus 11 e dissesse: “Siga-me, como eu sigo a Cristo.” Ela me mostrou que a luz de Deus sempre pode ser encontrada, não importa a escuridão.
Retorno frequentemente às páginas de O Refúgio Secreto, à cada vez em meio a circunstâncias diferentes, e continuo considerando-o tão relevante para os dias de hoje quanto era há quase 50 anos. Na verdade, este é um livro para o nosso tempo, porque ele nos recorda que a verdade do evangelho se estende para muito além da nossa geração (e das brigas no Twitter de hoje). Ela adentra as profundidades da nossa escuridão e necessidade humanas , e penetra fundo na maneira como vivemos junto ao nosso próximo.
Necessitamos de exemplos como o de Corrie e Betsie de viver, de fato, aquilo que dizemos que cremos, lembrando-nos que a fé sem obras é morta. Parece-me que o que mais necessitamos agora é um amor corajoso — buscando fazer pelo nosso próximo aquilo que Jesus fez por nós: iniciar, perdoar e sacrificar. Corrie nos advertiu sobre o que nos impede de vivenciar aquilo que ela vivenciou:
“Eu vi que a indiferença rígida aos outros era a doença mais fatal do campo de concentração. Me senti sendo contaminada: como alguém poderia sobreviver se continuasse se importando?… Seria melhor estreitar a mente para minha própria necessidade, não ver, não pensar.”
Nós também temos que lutar contra a apatia, escolhendo ver o nosso próximo, pensando e olhando além de nós mesmos.
O Poder da Palavra
Necessitamos também ouvir de uma mulher que foi privada de liberdade, comida e da família, que o que a mantinha viva era uma Bíblia contrabandeada e que ela milagrosamente manteve escondida durante o seu suplício. Corrie descreveu ter “devorado” os Evangelhos inteiros em uma sentada e ter “vivido” nas verdades da Palavra como se elas tivessem sido escritas exatamente para a situação dela. Em um dormitório empesteado de pulgas, tão imundo que nenhum guarda entrava, ela e Betsie abriam a Biblia e liam em voz alta, esperando enquanto diversas vozes traduziam as palavras vivificantes para o alemão, o polonês e o francês:
“Como menores abandonados ao redor de uma fogueira, nós nos reuníamos em volta dela, abrindo nossos corações para o seu calor e luz. Quanto mais escura a noite ao nosso redor ficava, mais brilhante e verdadeira, e mais bela, brilhava a palavra de Deus… Eu olhava ao redor enquanto a Betsie lia, observando aquela luz pular de um rosto para o outro. Mais que vencedores… Não era um desejo, era um fato. Eu sabia, eu o vivenciei, a cada minuto — pobres, odiadas e famintas. Somos mais que vencedores. Não “seremos”. Nós somos!”
Se as Escrituras sustentaram estas mulheres no lugar mais sombrio de todos, certamente será o nosso sustento, enquanto esperamos que nossa própria escuridão passe. No nosso mundo repleto de ideias, que nós desejemos e “devoremos” as palavras vivificantes, tal como Corrie e Betsie o fizeram.
Eu, com certeza, continuarei retornando a O Refúgio Secreto com frequência, aprendendo com Corrie e Betsie e sendo lembrada do porque posso ser grata a Deus em qualquer situação, mesmo que envolva pulgas.
Texto de Christin Hoover
Traduzido por Mariana Ciocca Alves Passos.
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Publicado originalmente em:
quinta-feira, 13 de julho de 2023
11 motivos para ler As Crônicas de Nárnia!
Muito
além de apenas um livro infantil, As Crônicas de Nárnia misturam um mundo
fantástico com religião de uma maneira não sutil, e existem diversos motivos
pelos quais você deveria ler a maior obra de C. S. Lewis
O contexto
histórico apontava para uma queda dos valores humanos. Era segunda guerra
mundial e enquanto muitos desacreditavam de que haveria um Deus que
poderia reverter a situação em que o mundo se encontrava, outros buscavam se
ancorar na fé e acreditarem que um mundo melhor ainda poderia vir. O primeiro
livro escrito por C. S. Lewis, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa,
foi publicado em 1950 e seria então o único com a temática Nárnia. Foi
apenas após insistência de Tolkien, autor de O Senhor dos Anéis, que Lewis
decidiu continuar a história, mantendo apenas Aslam, o leão criador, como
personagem central.
Diferentemente
de outras histórias de fantasia, não existe uma ordem de leitura ou até mesmo
uma personagem principal na série de livros denominada de As Crônicas de
Nárnia. Cada um é independente e apenas Aslam aparece em todos.
Publicamente convertido ao cristianismo após um longo tempo
confessamente ateu, C. S. Lewis escreveu As Crônicas de Nárnia para sua
sobrinha, Lucy, e adaptou a linguagem dos livros de uma forma que ela pudesse
entender, daí a redação tão infantil. Contudo, ainda que o livro tenha
essa temática voltada para o público infantil, é considerado um dos maiores
clássicos da literatura cristã e ensina conceitos como criacionismo, perdão,
pecado e a obra redentora de Jesus através de uma trama que cativa o leitor.
Por outro
lado, nem todos os cristãos tem conhecimento da obra, talvez apenas viram os
filmes produzidos pela Walt Disney em 2005 e 2008, sendo depois assumido pela
Twentieth Century Fox em 2010. Para propagar mais o mundo fantástico que
existe por detrás do guarda-roupa, listei 11 motivos que deveriam ser
suficientes para te convencer a ler o maior clássico de Lewis. Não estou
defendendo aqui que os sete livros que compõem As Crônicas de Nárnia podem
substituir a leitura da Bíblia, contudo, entendo que é uma leitura
complementar essencial para aqueles que querem ler a mensagem de amor de
Cristo por uma ótica romanceada e interpretada por personagens da mente de
Lewis.
1. Os
livros apresentam a obra redentora de uma maneira fácil
Como foi
dito, os livros foram escritos para crianças e jovens que, em um ambiente
hostil, vinham perdendo sua esperança e fé. O autor se inspirou em histórias
clássicas da Bíblia para dar luz a um universo onde conceitos de certo/errado,
luz/trevas e paz/guerra são ensinados, principalmente por Aslam, o criador e
rei de Nárnia.
2. Os
conceitos de pecado, redenção e arrependimento são ensinados.
Muitas
crianças e adolescentes – e também adultos – têm dificuldade em compreender os
conceitos como a criação, o apocalipse, o arrependimento, o sacrifício de
Cristo e outros temas que são pilares do cristianismo. C. S. Lewis apresenta
esses temas utilizando personagens e metáforas de forma didática que
podem iluminar a mente e abrir os olhos para uma próxima vez em que fomos
refletir sobre as Escrituras.
3. Aslam
é trindade encarnada no universo de Nárnia
Lewis
discorda de que Aslam seria uma alegoria para Jesus. Ele não é Jesus, mas sim o
Cristo de Nárnia. Para o autor, ele seria mais como um Jesus encarnado no mundo
de animais falantes e árvores vivas, sendo o redentor daquele mundo, oferecendo
sua vida por amor ao povo. Partindo então do princípio que Aslam possui os
paradoxos do Filho Encarnado, podemos ver que ele possui traços das três pessoas:
está presente no momento da criação e pela sua palavra todas as coisas de
Nárnia são criadas [Pai]; com a traição de Edmundo, Aslam entrega a sua vida
para que Edmundo não venha sofrer as consequências de seu erro, e
ressuscita após três dias [Filho]; e por fim, pelo seu sopro, estátuas de
pedra ganham vida e a mensagem é propagada, de forma que cada vez que uma
personagem vem até sua presença ele aprende e recebe instrução, assim como a
terceira pessoa da trindade faz conosco hoje em dia [Espírito].
4. Para
conhecer Nárnia é preciso de fé
Em um dia de
chuva, durante uma brincadeira de esconde-esconde, Lucy descobre uma passagem
para Nárnia dentro de um guarda-roupa. Lá, ela se depara com um mundo
sobrenatural e ao voltar para o “mundo real”, conta paras seus irmãos daquele
novo universo, sendo desacreditada e até mesmo debochada. Seus irmãos chegam
até mesmo a checar o guarda-roupa e nada encontram lá. Não seria assim também
conosco? Contamos aos outros que encontramos um reino de amor, paz e alegria e
somos debochados? Para ver Nárnia é preciso fé e o coração de uma criança, que
no dia-a-dia encontrará conforto em terras narnianas. Além disso, no livro
Príncipe Caspian também vemos o tema de fé em um Deus que é invisível
abordado, pois as crianças (exceto Lúcia) inicialmente não conseguem ver Aslam
quando ele faz a sua primeira aparição, mas conseguem vê-lo depois quando
acreditam que Lúcia o está vendo.
5.
Falharemos ao tentar libertar Nárnia pelas nossas forças
A narrativa
do livro Príncipe Caspian traça um paralelo cristão ao apresentar os
telmarinos conquistadores (piratas) como apóstatas que tentam eliminar os
narnianos originais e seus costumes. Neste livro, Aslam é descrito apenas como
um mito – pois ele não é mais visto -, e C. S. Lewis confronta a postura
de muitos cristãos de hoje ao apresentar o povo narniano, liderados por
Príncipe Caspian, não crendo/dependendo do auxílio de Aslam ao
tentarem libertar Nárnia pelas próprias mãos. É claro, eles sempre falham
e só vencem quando reconhecem sua incapacidade de fazê-lo e admitem que
precisam e dependem de Aslam.
6.
A história de Heróis da Fé também serviram de inspiração
Não apenas a
história da criação e redenção foram abordados por Lewis mas
também histórias de Heróis da Fé foram metaforizadas, como a vida de
Moisés que traça um paralelo gigantesco na vida de Shasta, personagem do livro
O Cavalo e seu Menino. Neste livro, ficamos sabendo que Shasta havia sido
encontrado na água por um pescador quando ainda era bebê, foi criado por
pessoas que não eram seus pais e no final, é o responsável
pela libertação dos seus compatriotas quando cresceu, os
arquelandeses.
7. Lewis
nos convida ao arrependimento e à dependência de Aslam
A primeira
aparição de Eustáquio, primo dos garotos, acontece no livro A Viagem do
Peregrino da Alvorada. Neste livro, Eustáquio é apresentado como uma criança
rabugenta, egoísta e desprezível, tendo sua personalidade e vida inspirada na
vida de Paulo: ambos passaram de perseguidor descrente à líder e
pregador. No desenrolar do livro, Eustáquio é transformado em um dragão como
consequência de sua ganância, e só após se arrepender da forma que tratava
Nárnia ele volta à forma humana. Essa mudança de personalidade pode ser vista
como um batismo na vida da personagem. Aslam pede para que Eustáquio se
arrependa de sua vida pré-Nárnia para que volte à aparência humana, selando e
representando o novo nascimento do cristão. Fica claro ao leitor que esse
processo só pode ser feito através de Aslam: Eustáquio tenta arrancar sua pele
de dragão com suas garras mas só fracassa e se atinge
brutalmente – apenas as unhas de Aslam puderam arrancar a pele de
dragão.
A princípio
ardeu muito, mas em seguida foi uma delícia (Eustáquio)
8. Ainda
que muitas personagens façam ilusão à mitologia, eles não tiram o
brilhantismo da obra
C. S. Lewis
foi duramente criticado por cristãos por utilizar não apenas humanos em sua
obra, mas também animais falantes, fidalgos, reis e rainhas, gigantes, anões,
estrelas, feiticeiras e criaturas mitológicas como Baco, gnomos, cavalos
alados, faunos e unicórnios. O argumento utilizado pelos críticos é o de que o
autor teria incluído mensagens sutis de religiões pagãs na mensagem de Nárnia.
Contudo, a presença desses seres – que na obra foram criados por Aslam – não
ofuscam a mensagem por trás do livro e nem tiram seu brilhantismo. Acredito que
o objetivo de Lewis foi o de criar um mundo lúdico, onde tudo é possível e que
seja paralelo à realidade humana. Aslam, em seu poder criativo e através
de seu canto, é o dono da criação e sua criatividade é ilimitada: assim
como Deus criou cada humano com sua individualidade, Aslam criou os seres
dotados de características físicas e psicológicas diferentes e múltiplas.
9. A
quebra de paradigma do mal encarnado
A cultura
ocidental tem tendência a apresentar o mal como algo negro, feio e que
queima eternamente, sem falar, é claro, dos chifres. Contudo, C. S. Lewis nos
apresenta Jadis, a Feiticeira Branca, como uma imperatriz elegante – e falsa
rainha de Nárnia – que atrai os humanos através de sua beleza e malemolência.
Tal como Satanás, ela fica ao redor das crianças para atraí-las ao seu lado, e
quando consegue isso os escraviza e não cumpre nenhuma de suas propostas tentadoras.
Além disso, sua principal característica é o gelo, não o fogo como relacionamos
as obras malignas hoje em dia.
10. O
livro incentiva que o leitor encontre Nárnia no mundo real
C. S. Lewis
sabia que os leitores iriam, assim como acontece com todas as obras de ficção,
se apaixonar pelo universo de Nárnia e pela simpatia e elegância de Aslam.
Contudo, os livros são de cunho evangelístico e portanto apontam para
Jesus Cristo. Em um determinado momento do livro, Aslam e Lucy conversam e ele
diz: “Em seu mundo tenho outro nome. Vocês têm que aprender a conhecer-me por
esse nome. Foi por isso que os levei à Nárnia, para que, conhecendo-me um
pouco, venham a conhecer-me melhor”. Desta forma, o leitor é convidado para
conhecer o sacrifício do verdadeiro Leão, Jesus.
Em seu mundo
tenho outro nome. Vocês têm que aprender a conhecer-me por esse nome.
11. O
importante não é como você começa, e sim como termina
Susana é uma
das quatro crianças que encontram Nárnia pelo guarda-roupa e lá se mostra uma
boa manuseadora de arco e flecha, além de cuidar de seus irmãos e por muitas
vezes demonstrar coragem e fé. Presencia o sacrífico de Aslam na Mesa de Pedra
juntamente com sua irmã Lucy e, no final, é coroada como rainha de Nárnia,
passando a ser conhecida como Susana, a Gentil. Contudo, com o desenvolvimento
da personagem, somos informados no último livro, A Última Batalha, que ela não
retornaria a Nárnia por ter crescido e se preocupar mais com o seu trabalho e
vida social do que com a existência de Nárnia e suas aventuras. Esse final da
personagem foi criticado por muitos leitores como sendo uma postura machista de
Lewis, principalmente por frentes ativistas femininas, porém, ao ler toda a
história vemos que não seria essa a intenção do autor, até mesmo por que diversas
personagens femininas possuem destaque na obra. A mensagem que ele queria
passar era de que Suzana, antes coroada rainha, não era mais amiga de Nárnia
por estar mais interessada em maquiagens e compromissos sociais. Da mesma
forma, o que importa em nossa vida não é como começamos nossa jornada na fé, e
sim se estaremos esperando Jesus em seu grande retorno.
Em
todos os mundos há um caminho para o meu país – falou o Cordeiro. E, enquanto
ele falava, sua brancura de neve transformou-se em ouro quente, modificando-se
também sua forma. E ali estava o próprio Aslam, erguendo-se acima deles e
irradiando luz de sua juba.
Adquira o
seu livro das crônicas de Nárnia neste link: https://amzn.to/43pvRh6
E você? Já leu as crônicas de Nárnia? Deixe seus comentários abaixo!